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Na Folha, Viana fala do que Lincoln aprendeu com Euclides

O décimo sexto presidente dos EUA, Abraham Lincoln. Foto: Pixabay

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S.Paulo

Abraham Lincoln (1809–1865) foi um dos maiores, se não o maior, presidente dos Estados Unidos. Líder carismático que conduziu o país na pior crise de sua história e foi assassinado por seu papel na abolição da escravatura, Lincoln foi também um político astuto, que sabia usar as raízes humildes e a reputação de honestidade. Tinha na eloquência sua mais potente arma política. Vários de seus discursos, como o famoso “Gettysburg address”, proferido em 1863 em homenagem aos soldados mortos na Guerra Civil, estão entre os mais influentes da história norte-americana.

O que é menos conhecido é a origem de seus notáveis poderes de oratória. Apesar de que ele contou o segredo em entrevista ao reverendo J. P. Gulliver, publicada pelo jornal The New York Times, em 4 de setembro de 1864.

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Perguntado como havia adquirido tal capacidade para “dizer as coisas”, o presidente contou que quase não tivera educação formal, e acrescentou:

“Nas minhas leituras de direito encontrei muitas vezes a palavra ‘demonstrar’. No início, achava que sabia o significado, mas depois percebi que não. Acabei dizendo a mim mesmo: ‘Lincoln, você nunca poderá ser advogado se não souber o que demonstrar significa’. Então voltei para casa do meu pai e lá fiquei até entender todas as proposições dos ‘Elementos’ de Euclides. Aí eu soube o que é demonstrar, e voltei aos estudos de direito”.

O grego Euclides viveu no norte de África no século 4 a.C.. Nos “Elementos”, ele reuniu e organizou a geometria de seu tempo, criando o padrão de clareza e rigor de raciocínio que perdura na matemática até os nossos atuais dias. Foi nessa obra de Euclides, uma das mais influentes da história da humanidade, que o orador brilhante encontrou inspiração.

Gulliver não disfarçou a admiração: “Sr. Lincoln, o seu sucesso não é mais motivo de espanto. É o resultado legítimo de causas adequadas. Com sua permissão, eu gostaria de contar este fato publicamente. Será muito importante para motivar os jovens para a cultura matemática, que todas as mentes precisam absolutamente ter“. E acrescentou: “Euclides, bem estudado, livraria o mundo de metade de suas calamidades, banindo metade dos disparates que iludem e amaldiçoam nossos dias. Sempre achei que ‘Elementos’ seria um dos melhores livros para a biblioteca da Ordem dos Advogados, se conseguissem que as pessoas lessem”.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

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