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Inteligência artificial ajuda a criar índice de livros do 34º CBM

O matemático Paulo Ney de Souza, o editor Daniel Weller e o programador Numi Vekatesh, da BooksInBytes, desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) para elaborar o índice de dois livros do 34º Colóquio Brasileiro de Matemática (CBM). Foi a primeira vez que a IA foi usada para criar um índice de livro científico. A ideia do projeto surgiu há anos, mas só recentemente eles conseguiram treinar o algoritmo para realizar um trabalho de qualidade.

Responsável pela editoração do material do IMPA, Paulo Ney tem buscado formas para  tornar o processo editorial mais eficaz. Foi a partir disso, que surgiu o Editoral Flow, projeto que utiliza o algoritmo similar ao usado no ChatGPT, e é capaz de construir o índice de um livro científico. 

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Temos nos aprimorado há pelo menos oito anos e agora vamos para mais uma fronteira: a dos índices. O índice é extremamente importante para um livro científico. Ele provê acesso às partes integrantes do conteúdo, é a maneira que você procura o material. Em obras científicas é uma parte completamente indispensável”, explicou o matemático. 

Os livros do CBM são aproximadamente metade em inglês e metade em português. Para a edição deste ano, o grupo responsável pela editoração já tinha o conteúdo em português, mas precisava acelerar o material em língua inglesa. Por isso, decidiram treinar o mecanismo de IA e o programa para entenderem a importância e o significado de um índice. 

“Tivemos uma discussão com alguns autores e muitos usam o argumento que na era dos ebooks, o índice não é mais tão necessário porque pode ser feita uma busca por qualquer palavra. O índice é muito mais do que isso, ele te dá uma lista contínua dos conceitos importantes do livro. No caso dos livros do Colóquio, nossa opção foi usar a inteligência artificial, mas não sabíamos como seria e nem com a qualidade que sairia. Essa foi a primeira vez que a IA foi usada com essa finalidade”, contou.  

O matemático conta que a receptividade dos três autores – um de um livro, e dois do outro – foi boa. “Eles ficaram em êxtase e reconheceram que a qualidade do índice era melhor do que eles poderiam fazer. Claro, que eles podem aumentar, diminuir ou retirar palavras, mas o arcabouço está pronto e foi considerado de altíssimo nível. O que é muito animador e gratificante para nós”. 

A quantidade de livros científicos em inglês é bem maior do que em português, o que ajuda a “treinar” o algoritmo. O matemático destaca que um dos maiores desafios do projeto é adaptar o algoritmo para ser usado em livros em português. 

“Definimos que vamos trabalhar no reconhecimento de escrita em português em ferramentas de inteligência artificial. E também conseguirmos material para fazer esse treinamento do algoritmo”, concluiu Paulo Ney. 

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