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Blog Ciência & Matemática: O tal do algoritmo

 

Reprodução do blog do IMPA Ciência & Matemática, de O Globo, coordenado por Claudio Landim

 

Roberto Imbuzeiro Oliveira  – Pesquisador titular do IMPA

 

No ano passado, o IMPA organizou um evento para escolas como parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Com esse pretexto, a Rádio Nacional me chamou para conversar sobre a atividade e a Matemática em geral.

A jornalista que conduzia o bate-papo me contou uma história. Alguns dias antes, ela tinha ajudado a filha a procurar um apartamento. Depois disso, passou a notar muitos anúncios de imóveis no Facebook. Todos concordamos que esse é um fenômeno comum, que nos deixa desconfortáveis. Mas aí a entrevistadora perguntou.

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– Isso é o tal do algoritmo, né, professor?

O propósito deste artigo, então, é explicar quem é “o tal do algoritmo” e qual é seu papel neste caso e em todos os outros semelhantes.

Quem é o tal do algoritmo?

Primeiro, vamos tentar entender o que é de fato um algoritmo. Por trás da “mágica” ou “espionagem” do Facebook, há uma coisa que, no fundamental, é muito simples e que está presente em toda a computação.

Um algoritmo nada mais é do que uma sequência de instruções “certinhas” para executar uma tarefa. Quando digo “certinhas”, falo de instruções que não deixam margem a dúvidas ou interpretações e que sempre levam aos mesmos resultados. Ou seja, falo de algo como as regras para fazermos as operações aritméticas na escola.

Não por acaso, a história dos algoritmos é, em primeiro lugar, um pedaço da história da Matemática. Embora regras para tarefas e operações já existam há muito tempo, o algoritmo de Euclides para a divisão é o mais antigo a realmente fazer jus ao nome. Se ainda hoje há quem se enrole com a divisão, não é por culpa de Euclides: ele determinou as regras corretas, cabe a nós executá-las com exatidão.

A palavra “algoritmo” só surgiu na Idade Média. Ela vem do nome do persa Muḥammad ibn Musa al-Khwarizmi, que foi astrônomo na Casa de Sabedoria do Califado Abássida, em Bagdá. Graças a sua vasta obra, o sistema de numeração indo-arábico, que usamos até hoje, se difundiu no Oriente Médio e no Ocidente. O nome “al-Khwarizmi”, devidamente latinizado, primeiro foi associado ao sistema de numeração e depois ao conceito moderno de algoritmo.

Algoritmos e Computadores

Com o passar dos anos, a ideia de algoritmo ganhou novos rumos. Um grande salto conceitual foi pensar que uma “receita certinha” podia ser executada não só por seres humanos, mas também por máquinas. É exatamente essa a ideia por trás de um computador: criar aparelhos capazes de executar algoritmos, seja para fazer contas, seja para processar textos e imagens, ou para qualquer outra coisa que os computadores fazem.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal 

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