Este é um ambiente de STAGING. Não é o site de produção!
Voltar para notícias

Na Folha, os mistérios das constantes matemáticas

Foto: Pixabay

Reprodução da coluna de Marcelo Viana, na Folha de S.Paulo

O amigo leitor está numa situação complicada. Na sua frente há N envelopes fechados, idênticos, cada um com um prêmio em dinheiro, cujo valor varia de um envelope para outro. A regra é que logo após abrir cada envelope pode decidir se fica com o respectivo prêmio e o jogo acaba ou se descarta e abre outro envelope.

Os envelopes são abertos sucessivamente e não é mais possível optar por um deles depois que abriu o seguinte. Como fazer para ganhar o maior prêmio possível? É hora de pedir ajuda aos matemáticos.

Leia mais: Marcelo Viana resenha o livro ‘A Fórmula Preferida do Professor’
Prêmio IMPA-SBM de Jornalismo anuncia vencedores em live
Professor Luiz Felipe Lins é eleito Educador do Ano de 2020

A matemática nos diz que a melhor coisa a fazer é começar escolhendo um certo número K de envelopes e abri-los sem escolher nenhum deles; a partir daí, deve abrir os demais, escolhendo o primeiro que contenha prêmio maior do que todos os K primeiros (se houver; caso contrário, fica com o último envelope).

Essa estratégia não garante que a pessoa vá obter o prêmio máximo, evidentemente, mas está provado matematicamente que é a que tem melhores chances, desde que o número K seja escolhido próximo de N dividido pela constante de Euler e = 2,718281828459045…

Está com a sensação de já ter visto este filme, caro leitor? Talvez seja porque na semana passada escrevi aqui sobre o problema do amigo secreto, cuja solução também é N/e.

O que é que o amigo secreto tem a ver com o jogo dos envelopes, e o que qualquer deles tem a ver com a constante de Euler, que pertence à teoria dos logaritmos? Um leitor fez o questionamento e me dei conta de que não tinha uma boa resposta. Tendo conversado com colegas matemáticos, percebi que não estou sozinho.

De fato, é comum que constantes matemáticas famosas surjam em contextos surpreendentes. Quando representamos graficamente as alturas da população brasileira, obtemos uma curva em forma de sino, que indica que a maior parte das pessoas tem altura perto de um certo valor médio, e o número de casos vai diminuindo quando nos afastamos dessa média, para cima ou para baixo.

Esse tipo de gráfico é tão comum em estatística que é chamado ”curva normal”. Suas propriedades foram estudadas pelo grande matemático alemão Carl Friedrich Gauss (1777–1855), que inclusive encontrou a sua fórmula exata.

Um fato notável é que essa fórmula contém o número pi (π). Isso mesmo, caro leitor, o do perímetro do círculo!

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

Leia também: Matemáticos desvendam segredo do dodecaedro
INCTMat inicia atividades para desenvolvimento profissional

Este site está registrado em wpml.org como um site de desenvolvimento. Você pode mudar para uma chave de site de produção para remove this banner.