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Matemática orienta decisões na epidemia, diz Viana


O diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, concedeu uma entrevista, ao vivo, ao Jornal da GloboNews Edição das 10h, nesta quinta-feira (23), sobre os modelos matemáticos que estão ajudando o combate à pandemia do novo coronavírus. Na conversa com as jornalistas Aline Midlej e Cecilia Flesch, Viana falou sobre os cálculos feitos para desenvolver as modelagens da Covid-19, fundamentais para vislumbrar os cenários de contágio da doença.

“Modelos matemáticos são cálculos que usam equações que permitem prever com antecedência como a epidemia pode evoluir a partir dos dados disponíveis, e qual é o impacto que eventuais ações podem ter sobre a evolução. Eles permitem fazer experimentos no computador sem que ninguém sofra com isso, de modo a orientar decisões políticas das autoridades sobre como reagir a epidemia”, explicou o matemático.

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Para Viana, o Brasil pode ter tido uma vantagem em relação a outros países porque começou a aplicar o distanciamento social quando os casos da doença ainda não eram numerosos. “A epidemia chegou aqui depois de chegar na Ásia, na América do Norte e na Europa. Então, nós acabamos tomando medidas de distanciamento social relativamente cedo. Creio que isso está tendo um efeito muito positivo em desacelerar o modo como a epidemia está evoluindo no Brasil.”

Diante dos pedidos de flexibilização das medidas de isolamento, o matemático aconselha analisar o avanço da doença em países que nos precederam na pandemia. “Países como a Itália tiveram um isolamento muito mais severo que o nosso durante um período muito mais longo, e demorou para que o efeito se fizesse notar e o governo pudesse considerar que estava dominando a pandemia.”

Com a subnotificação dos casos no Brasil e a dificuldade para se obter dados de qualidade, ele avalia que “é difícil abalizar que nós tenhamos condições objetivas para começar a relaxar o isolamento”. Viana falou ainda sobre a possibilidade de países viverem novas ondas da doença, mencionando o alerta de Robert Redfield, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), que afirma que os Estados Unidos podem viver uma segunda fase da doença no final do ano, ainda maior que a primeira.

“Todas estas informações deveriam servir como alerta de que, por mais que estejamos com vontade de encontrar os amigos e fazer o que fazíamos antes, a extrema prudência é indispensável neste momento”, afirmou.

Confira a entrevista na íntegra:

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