Este é um ambiente de STAGING. Não é o site de produção!
Voltar para notícias

Folha: “Código de barras, progresso ou ‘maldição'”

 

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo. 

Anos atrás, tomando vinho com um grupo de colegas na Espanha. O meu amigo Chachi coloca uma garrafa sobre a mesa e anuncia com orgulho jocoso: “Este no tiene código de barras!”. Nostalgia de um mundo em extinção, mais espontâneo e menos regulado. Proclamação do código de barras como emblema de um capitalismo digital, que invade até os rincões mais tradicionais.

O primeiro código de barras foi feito em 1949, pelos engenheiros norte-americanos Norman Woodland (1921–2012) e Bernard Silver (1924–1963). Tudo começou com a visita ao campus da universidade de um executivo de supermercados com o pedido de que desenvolvessem um método eficaz para identificar produtos e codificar as suas propriedades. Silver, que então era estudante de doutorado, escutou a conversa e chamou Woodland para ajudá-lo nesse projeto.

Eles se inspiraram no código Morse dos telegrafistas, em que as letras e os números são todos representados por meio de dois símbolos apenas, ponto e traço. “O que vou contar parece um conto de fadas”, contou Woodland numa entrevista em 1999. “Enfiei meus quatro dedos na areia e, por qualquer motivo que eu não sei, puxei a mão na minha direção e desenhei quatro linhas. E pensei: ‘Nossa! Agora eu tenho quatro linhas, e elas podem ser linhas largas e linhas estreitas em vez de pontos e traços’.”

Leia mais: Geofísica defende tese de doutorado nesta quinta-feira (5)
IMPA marca presença no Festival da Ciência 2024
IMPA divulga resultados de processos seletivos

Os inventores acabariam vendendo a sua patente à empresa Philco por US$ 15 mil. Pode parecer pouco por uma invenção que hoje identifica dezenas de milhões de produtos em lojas e supermercados em todo o mundo, mas o sistema que eles desenvolveram era pouco prático e não chegou a ser usado comercialmente.

Um dos problemas é que as barras eram circulares: “Apenas alguns segundos depois”, acrescentou Woodland, “peguei meus quatro dedos —que ainda estavam na areia— e os arrastei em um círculo completo”. Esse formato circular parecia vantajoso, mas exigia um leitor enorme, caro e pouco confiável.

O código de barras só foi se tornar popular no início dos anos 1970, quando ajudou a automatizar os supermercados. O padrão atual, com barras retangulares, foi criado àquela altura pelo engenheiro norte-americano George Joseph Laurer (1925–2013). Dependendo do uso, existem diferentes dicionários (‘simbologias”) para converter o código de barras na respectiva mensagem. Uma coisa curiosa é que vários deles levam em conta também as larguras dos espaços em branco entre as barras pretas: as “barras brancas” também importam!

Para ler na íntegra, acesse o site do jornal. 

Leia também: IMPA Tech abre processo seletivo para contratação de professores
Falta um mês para o término das inscrições no IMPA Tech

Este site está registrado em wpml.org como um site de desenvolvimento. Você pode mudar para uma chave de site de produção para remove this banner.