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Estudo alemão conclui que peixes são bons de aritmética

Maylandia zebra. tipo de ciclídeo usado no experimento da Universidade de Bonn. Foto: Bardrock/ Wikimedia Commons

Seja na hora de procurar comida, fugir de um predador, escolher um parceiro para reprodução ou mover-se em grupo, a matemática pode ser uma grande aliada para a sobrevivência dos animais selvagens. Um estudo recente do Instituto de Zoologia da Universidade de Bonn (Alemanha) mostrou que os peixes entraram para o rol de bichos – entre primatas, abelhas e pássaros – que possuem habilidades com os números. 

Publicada na revista Scientific Reports, a pesquisa concluiu que espécies de água doce de ciclídeos e arraias têm um dom especial para a aritmética e conseguem realizar operações simples de adição e subtração com números de um a cinco.

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Mas como podemos pedir a um peixe o resultado de “2+1” ou “5-1”? Os pesquisadores usaram um método que outros cientistas já haviam aplicado com sucesso para testar as habilidades matemáticas das abelhas. Oito indivíduos de cada espécie foram submetidos a centenas de testes em piscinas projetadas especificamente para observar seu comportamento. 

Os cientistas colocaram na água cartões com um certo número de formas azuis ou amarelas e depois duas portas deslizantes, cada uma com um cartão com um número diferente de formas. O objetivo era que os peixes reconhecessem a cor azul como símbolo de adição e o amarelo de subtração.

Depois de mostrar o estímulo original como, por exemplo, quatro quadrados, os animais receberam duas novas imagens – uma com cinco e outra com três quadrados. Se nadassem até a figura correta  – ou seja, até os cinco quadrados na tarefa aritmética “azul” –, eles eram recompensados ​​com comida. Se dessem a resposta errada, iam embora de “barbatanas vazias”. 

O resultado foi que seis dos ciclídeos e quatro das arraias conseguiram associar consistentemente azul como adição (+1) e amarelo como subtração (-1). O estudo concluiu ainda que os ciclídeos precisaram de mais tempo para realizar o exercício do que as arraias, e que, para ambas as espécies, a adição foi mais fácil do que a subtração.

Se os peixes realmente internalizaram a regra matemática por trás das cores, isso significaria que eles poderiam aplicar esse conhecimento em novas tarefas. “Para verificar isso, omitimos deliberadamente alguns cálculos durante o treinamento”, explicou a professora Vera Schluessel, que liderou o estudo. “A saber, 3+1 e 3-1. Após a fase de aprendizado, os animais puderam ver essas duas tarefas pela primeira vez. Mas mesmo nesses testes, eles escolheram significativamente a resposta correta”, completou.

A resposta dos animais foi surpreendente, principalmente pelo fato de os peixes não terem um neocórtex, parte do cérebro também conhecida como “córtex cerebral” que é responsável por tarefas cognitivas complexas em mamíferos. Além disso, nenhuma espécie de peixe era conhecida por exigir habilidades numéricas particularmente boas na natureza. 

Fonte: Science Daily e Tilt UOL

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