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‘Estamos a serviço da sociedade’, diz Viana

 

O diretor-geral do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), Marcelo Viana, destacou a importância de as instituições universitárias acadêmicas estarem a serviço da sociedade, nesta quinta-feira (22), em participação no seminário Mentalidades Matemáticas, apoiado pelo IMPA.

Viana defendeu a produção de conhecimento voltada para a sociedade ao citar dois projetos do Centro Pi (Centro de Projetos e Inovação do IMPA), o desenvolvimento de um algoritmo usado no cálculo de volume de líquido amniótico durante uma gestação e um estudo para minimizar os impactos da transmissão da Covid-19 nas eleições de 2020.

“É muito importante que nossas instituições universitárias acadêmicas tenham essa consciência de que estamos a serviço da sociedade. Somos pagos e financiados pelo contribuinte, e o conhecimento que produzimos deve voltar para o benefício do contribuinte, mesmo em situações que ele nem vai se dar conta da contribuição da Matemática para o que está acontecendo”, avaliou.

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O seminário Mentalidades Matemáticas reúne entre terça (20) e quinta-feira (22) gestores e professores de dez cidades para discutir o ensino da matemática nas escolas. Além de Viana, participaram a professora da Universidade Stanford (EUA) Jo Boaler, criadora da abordagem que defende a transformação do ensino da disciplina, o pesquisador Jack Dieckman, também de Stanford, e a cientista da computação e influenciadora, Nina da Hora, entre outros profissionais de destaque.

No encontro, Viana defendeu ainda que o ensino da matemática, sempre que possível, esteja conectado com a vivência dos alunos para garantir o bom aprendizado da matéria e considerou como “calcanhar de Aquiles” a formação básica do professor no Brasil.

O diretor do IMPA reforçou ainda que os avanços na área passam pela necessidade da valorização do professor – o que inclui salários, plano de carreira e incentivo à progressão. 

“Quando se alia essa situação de desvalorização e subformação do professor com as nossas dificuldades de um país em desenvolvimento; condições socioeconômicas extremamente heterogêneas; condições por vezes até de insalubridade cívica nas salas de aula e violência; quando combina tudo isso, é até surpreendente que tenhamos o resultado que temos. Poderia ser pior.”

Viana aproveitou ainda para destacar ações positivas no ensino da matemática, como a vocação e dedicação de professores que fazem a diferença na vida dos estudantes. Ele citou ações que contribuem para o avanço do ensino no país, como a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) e a OBMEP Mirim, cuja primeira edição ocorre este ano. 

“A OBMEP tem um formato de competição escolar, mas sempre foi uma política educacional. Esse formato de competição serve de incentivo à participação ativa das crianças. Com isso, ficam em contato com a matemática muito mais do que ficariam. Estudos [da Universidade Harvard] mostram como a presença de um aluno que ganhou menção honrosa contribui nos anos seguintes para melhora geral da escola, nas provas de avaliação do MEC. Isso sinaliza a todos os outros da escola que eles também podem conseguir.”

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