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‘A OBMEP financiou a minha graduação’, conta Tatiana Danelon

Filha de uma costureira e um mecânico, Tatiana Danelon sempre quis ser professora. Para alcançar este sonho, a jovem não poupou esforços, dedicação e se agarrou a todas oportunidades que surgiram no caminho. Hoje, a professora do departamento de Mecânica Aplicada e Computacional na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) relembra a história dela que começou como a de milhares de medalhistas da OBMEP. 

O primeiro notebook, os programas acadêmicos e as bolsas de incentivo foram algumas das contribuições da Olimpíada para a formação da professora. Natural de São João Nepomuceno, em Minas Gerais, a história de Tatiana com a OBMEP começou no 6ª ano do Ensino Fundamental. Estudante da escola Municipal Doutor Augusto Glória, a primeira participação da jovem na olimpíada contou com o apoio de um “entusiasta da OBMEP”, o professor de matemática Rangel Zignago. 

Tatiana durante cerimônia de posse na UFJF

A pupila Tatiana trouxe orgulho para o incentivador. O ouro veio logo na primeira participação na olimpíada em um momento em que a jovem garante que “nem fazia ideia de quanto que ia vir dessa conquista, o quanto essa medalha ia mudar a minha vida. Isso influenciou em muita coisa ao longo da minha trajetória”.

Para os pais da jovem, as novas oportunidades foram encaradas com surpresa e alegria. “Eles não faziam ideia do que eu estava fazendo naquele momento. Tudo mudou quando comecei a participar das oportunidades da OBMEP. Foram várias viagens, recebi medalha, participei da Cerimônia Nacional Premiação junto ao presidente. Meus pais ficaram muito orgulhosos; conseguimos ver que eu tinha potencial”, contou Tatiana.

A primeira medalha foi seguida por uma prata, depois outro ouro, duas menções honrosas e um bronze. O sucesso na olimpíada levou à participação no Hotel de Hilbert e no Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC Jr.). “Foi uma época bem legal, porque a gente era de uma cidade pequena. Então, íamos para a Iniciação Científica todos juntos em uma van da prefeitura. Tivemos a oportunidade de conhecer o ambiente da universidade, ter aula com os professores. O PIC Jr. foi nos ajudando a continuar indo bem na Olimpíada”.

A relação de Tatiana com a OBMEP se estendeu ainda a outras iniciativas da olimpíada que a ajudaram a se manter na graduação em engenharia civil na UFJF e, posteriormente, no programa de pós-graduação da universidade. A professora recebeu incentivos da Bolsa TIM (Instituto TIM), da Iniciação Científica do PICME (CNPq) e da Bolsa de Mestrado do PICME (CAPES).

“Se eu não tivesse conseguido a bolsa da OBMEP, eu acho que não teria conseguido entrar para a faculdade. Na época, meu pai teve um sério problema de saúde e precisou parar de trabalhar. Então, eu comecei a me sustentar com a bolsa TIM-OBMEP. Também entrei para o PICME no primeiro ano da faculdade. A olimpíada realmente viabilizou a minha permanência na graduação”, contou Tatiana.

A trajetória de sucesso na OBMEP levou a uma jornada profissional marcada por reconhecimentos. Em 2025, recebeu o prêmio “Invited Student Paper Award”, pelo artigo “Modeling Nanoparticle -Stabilized Foam Flow in Porous Media Accounting for Particle Retention and Permeability Reduction” (Modelagem do escoamento de espuma estabilizada por nanopartículas em meios porosos considerando retenção de partículas e redução de permeabilidade), no evento Interpore 2025, em Albuquerque (EUA). Além disso, neste ano, Tatiana também foi condecorada com o Prêmio de melhor tese de doutorado na área de matemática aplicada e computacional oferecido pela Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC). 

A realização do sonho de infância agora ganha um novo capítulo na vida de Tatiana. “Como professora, eu valorizo ainda mais os professores importantes que passaram pela minha vida, aqueles que mais influenciaram a minha vida foram professores de matemática. Hoje, eu espero poder influenciar outras pessoas como eles me inspiraram e apoiaram”, contou.

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