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CBM: Mesa-redonda debate o papel dos matemáticos fora da academia

A presença de matemáticos em setores estratégicos da economia, como finanças, tecnologia, indústria e gestão pública, é cada vez mais importante. Estudo do Itaú Social, em parceria com o IMPA, aponta que as profissões ligadas à matemática representam 4,6% do PIB brasileiro. O 35º Colóquio Brasileiro de Matemática (CBM) coloca o assunto em debate na mesa-redonda “O valor da matemática fora da Academia: discussão sobre a presença de matemáticos nas empresas e a interação Academia-Indústria”.

Coordenada pelos pesquisadores José Alberto Cuminato (USP-SC e Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria), María Soledad Aronna (FGV- EMAp) e Marta Batoréo (UFES), o bate-papo contará com os convidados Gustavo Nonato (USP-SC), João Carabetta (Prefeitura do Rio de Janeiro), Pedro Peixoto (USP) e Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA. A proposta é discutir o papel dos matemáticos em empresas, destacar experiências bem-sucedidas de cooperação entre universidades e indústria, e mapear as trajetórias profissionais dos egressos dos cursos de matemática no Brasil. O encontro será em 30 de julho às 18h30 no IMPA. Veja aqui a programação do evento.

De acordo com os organizadores, a ideia da mesa-redonda surgiu diante da  percepção de que “a comunidade acadêmica tem pouca informação sobre o que os matemáticos que foram para o mercado de trabalho fazem”, aponta María Soledad.

Diante desse cenário, o encontro abordará três eixos principais:

  1. Matemática nas empresas: Quais habilidades desenvolvidas na formação acadêmica são mais valorizadas fora da universidade? Que tipos de problemas os matemáticos resolvem em setores como finanças, tecnologia e gestão pública?

  2. Pontes entre academia e empresas: Como viabilizar projetos conjuntos? Quais experiências têm sido bem-sucedidas no Brasil e no exterior?

  3. Panorama nacional: Para onde estão indo os egressos dos cursos de matemática no Brasil? Há uma predominância de determinadas áreas ou setores?

José Cuminato reforça a importância do tema: “Formamos doutores para trabalhar na indústria também — como ocorre em países como França, Alemanha e Estados Unidos. Mas no Brasil, ainda há uma visão limitada, centrada na docência universitária”. Para ele, o espaço dado pelo IMPA ao debate é simbólico: “Se o próprio IMPA está colocando isso em pauta, é porque tem importância. É um sinal de abertura, e pode nos ajudar a mudar a forma como a matemática é percebida e ensinada”, concluiu. 

A expectativa dos organizadores é atrair tanto estudantes em formação quanto professores e pesquisadores já consolidados, interessados em expandir horizontes profissionais. 

A mesa acontecerá durante a programação oficial do Colóquio e é aberta a todos os participantes inscritos no evento. A ideia é oferecer uma oportunidade de reflexão sobre os múltiplos caminhos possíveis para a matemática no século XXI.

Sobre o Colóquio

O CBM é a mais abrangente reunião científica da comunidade matemática brasileira e tem contribuído de forma expressiva para o seu desenvolvimento e fortalecimento. 

Realizado bienalmente desde 1957, o CBM conta com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação de todo o país, além de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Neste ano, o evento vai homenagear o ex-diretor-geral e pesquisador emérito do IMPA, Jacob Palis, que faleceu em 7 de maio deste ano, aos 85 anos.

Membro de dez Academias Nacionais de Ciências e doutor Honoris Causa de nove universidades no Brasil e no mundo, Palis foi um dos principais cientistas e mais premiados e respeitados matemáticos do país.

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