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Medalhista da Olimpíada Mirim é desenvolvedor de jogos

 

Apaixonado pela matemática, Tom de Farias Souza Monteiro conquistou uma medalha de ouro na OBMEP-Mirim, aos 11 anos. Estudante do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ele recebeu o reconhecimento em 2023, quando realizou sua primeira olimpíada de matemática.

Inspirado pelo pai, Fernando Tiago Monteiro, o medalhista aplica conceitos matemáticos em atividades práticas do dia a dia, como programação e desenvolvimento de jogos. “Acho que a matemática é a base de tudo, é uma ciência que gosto. Na programação, ela é essencial!”, afirmou.

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Quando era mais novo, Tom confeccionava seus próprios brinquedos na impressora 3D. “Eu nunca comprei um brinquedo para o Tom. Ele que fazia tudo na impressora ou trabalhava com madeira. O primeiro skate ele desenhou e ajudou a cortar”, completou o pai.

Fernando é um empresário que desenvolve arte e tecnologias para marcas, eventos e galerias do Rio de Janeiro. Durante as produções e montagens artísticas, o filho se encantou pela relação da matemática com a profissão do pai. “Desde pequeno, o Tom me acompanha nas montagens das instalações de arte. Começou no Museu do Amanhã, em 2017, quando ele participou do processo. O Tom ficava de olho nas programações de arduino e virou amigo dos programadores”, disse.

O processo em questão foi a montagem de uma instalação para a exposição “Inovanças: Criações à Brasileira”. Ao lado do pai, Tom acompanhou o processo de uma obra colaborativa com quatro bicicletas que geravam energia cinética para acender um conjunto de luzes de led.

Mas foi a partir de 2020, devido ao isolamento social gerado pela pandemia de Covid-19, que o estudante começou a desenvolver seus próprios projetos. “Falei com ele que não poderíamos ficar parados e que iríamos estudar por conta própria. Deixei o computador de casa apenas para que ele pudesse desenvolver projetos. Criamos um método de pesquisa e ele começou a estudar programação de código aberto. A partir disso, o Tom desenvolveu seu próprio jogo, com um metaverso”, afirmou o pai orgulhoso.

Além de programar o jogo, o medalhista passou a se interessar por branding e design de experiência para fazer a identidade visual do material. Com o auxílio do pai, Tom procurou aulas na internet e foi aprimorando seus conhecimentos na área.

Em 2021, ele também participou do desenvolvimento de um jogo para um projeto de pós-graduação da UFRJ de um amigo da família, Marlus Araújo. O pequeno estudante foi colaborador mirim e auxiliou a construção visual da obra interativa de Marlus. Envolvendo arte e estratégia, o jogo foi um sucesso.

Após a experiência na pós, Tom foi convidado para ministrar oficinas infantis no SESC Tijuca, durante as férias escolares. A oportunidade de ter contato com um “professor mirim” aumentou o interesse das outras crianças pelas áreas da matemática apresentadas por Tom, e, juntos, criaram novos jogos utilizando conceitos de programação.

Com o sucesso das aulas no SESC, Tom foi convidado para o projeto “Olhares Cariocas”, que promovia pequenos cursos para crianças na Mangueira. Durante as aulas, ele mostrou aos participantes como editar vídeos no CapCut, software de edição para celular, e como criar experiências no Roblox, plataforma de criação de jogos.

Agora, já no 6º ano e aos 12 anos, o aluno está empolgado para participar da 19ª OBMEP 2024, a maior olimpíada científica do Brasil, e deseja ser um programador no futuro. 

A primeira fase da OBMEP será em 4 de junho e a segunda em 19 de outubro. O resultado da edição será divulgado em 20 de dezembro.

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