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Folha: IA ajuda cientistas a decifrar línguas mortas

Jan van der Crabben / Enciclopédia de História Mundial

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

Por volta de 2.300 a.C., as conquistas do rei Sargon, o Grande fizeram da Acádia o primeiro império da história. Os acadianos adaptaram a seu idioma a escrita cuneiforme inventada por seus vizinhos ao sul, os sumérios, que admiravam: séculos depois de que o povo sumério tivesse deixado de existir, os monarcas acadianos ainda se intitulavam “reis da Suméria e da Acádia”.

O acadiano dividiu-se nos dialetos assírio e babilônio, que, no primeiro milênio a.C., foram substituídos pelo aramaico, e caíram no esquecimento. Mas esses povos nos legaram seus textos, escritos em inúmeras tabuletas de argila, a partir dos quais foi possível, no século 19, decifrar suas línguas mortas há milênios.

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Mas ler esses textos é difícil e demorado. Muitas tabuletas de argila estão danificadas ou quebradas. E a escrita cuneiforme é complexa: o mesmo símbolo pode ter diferentes significados dependendo do contexto. Se a tradução entre idiomas atuais já requer conhecimento das respectivas culturas, imagine a dificuldade com línguas de civilizações extintas há tanto tempo. São poucos os especialistas habilitados e, por isso, a maioria dos textos da Mesopotâmia nunca foi lida.

Em trabalho publicado em março deste ano na revista PNAS Nexus e na plataforma digital GitHub, pesquisadores de Israel e da Alemanha apresentaram um algoritmo de inteligência artificial que usa redes neurais convolucionais, tecnologia semelhante à do popular Google Tradutor, para passar do acadiano ao inglês quase instantaneamente.

 

 

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