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Exposição relembra trajetória de Maryam Mirzakhani

Para homenagear a matemática Maryam Mirzakhani (1977-2017), primeira mulher a receber a Medalha Fields, em 2014, o IMPA inaugurou a exposição “Remember Maryam Mirzakhani” que conta a trajetória da iraniana. Inaugurada em 14 de março, no Dia Internacional da Matemática, a mostra reúne 18 painéis com fotografias, declarações e outras imagens da vida privada e profissional da matemática. As peças estão expostas no corredor do terceiro andar do IMPA até março do ano que vem.

Esta é a terceira vez que a exposição percorre o Rio de Janeiro. Em 2018, o acervo pôde ser visitado no Encontro Mundial para Mulheres em Matemática (WM)² e no Congresso Internacional de Matemáticos (ICM).

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Maior honraria da matemática, a Medalha Fields é concedida a cada quatro anos para matemáticos com menos de 40 anos com feitos extraordinários na área. Maryam foi reconhecida por notáveis contribuições para a dinâmica e geometria das superfícies de Riemann e seus espaços modulares, no mesmo ano em que o brasileiro Artur Avila, pesquisador extraordinário do IMPA, foi premiado com a Fields.

Até o ano passado, ela era a única mulher agraciada com o prêmio desde a sua criação, em 1936. Em 2022, a ucraniana Maryna Viazovska foi a segunda a receber a medalha.

Gabriella Freitas, aluna de mestrado do IMPA, já conhecia a trajetória de Maryam, mas se surpreendeu com outros aspectos de sua história ao visitar a exposição. 

“A exposição é muito bonita! Gostei de ver o lado humano dela. Quando vemos só os trabalhos, sempre imaginamos os matemáticos e as matemáticas como pessoas geniais e não acessíveis. Mas ela me pareceu uma pessoa acessível e bem humana. Ela conciliou a matemática, a maternidade e problemas de saúde, mas ainda assim conseguiu desempenhar um papel excelente e brilhante na sua área.”

Nascida em Teerã, capital do Irã, em 1977, Maryam se interessou por matemática ainda durante a escola. Aos 17 anos, foi a primeira iraniana a levar uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO).

Maryam foi professora da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. A matemática morreu jovem, aos 40 anos, de câncer de mama. Ela lutou contra a doença por quatro anos. Maryam deixou uma filha, Anahita, nascida em 2011.

Para a mestranda, a história da iraniana é também fonte de inspiração. “É muito bom esse tipo de reconhecimento para uma matemática mulher, porque nos faz perceber que a gente consegue chegar lá”, concluiu Gabriella.

A doutoranda Daniela Paiva também se sentiu motivada com a história da iraniana.

“Maryam foi e continua sendo, sem dúvida, a mulher que mais inspira outras mulheres matemáticas a continuarem na academia. Graças a ela temos a comemoração do Dia Internacional das Mulheres na Matemática, em 12 de maio. Neste dia, celebramos todas e nos juntamos para refletir sobre o papel da mulher na matemática, tratar questões de gênero e procurar soluções a problemas que aparecem no ambiente de trabalho.”

A exposição está disponível para visitação até 14 de março de 2024. 

“Eu gosto de ultrapassar a fronteira imaginária que as pessoas estabeleceram entre as diferentes áreas – é muito renovador”, disse Maryam, em agosto de 2014, para a Quanta Magazine.

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