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Professores trocam experiências de popularização da Matemática

Aulas online, vídeos, competições de estudantes, aprendizado em língua estrangeira, interação entre professores e alunos de diferentes países. Essas e outras formas de tornar a Matemática menos intimidadora e mais atraente foram discutidas em uma série de pequenas palestras de 20 minutos, na tarde desta segunda-feira (6), no Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018), que vai até 9 de agosto.

O professor finlandês Antti Rasila apresentou os resultados de um projeto conjunto entre universidades de seu país e da China para desenvolver técnicas de ensino e aprendizado online. Os 140 alunos participantes foram divididos em pequenos grupos e estimulados a concluir tarefas e resolver problemas.

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“A ideia é que os alunos desenvolvam habilidades, que se familiarizem, proponham e resolvam problemas. Fizemos uma pesquisa com 50 alunos que participaram do projeto: 25 disseram que foi muito útil e 22 consideraram útil. Apenas três alunos não viram utilidade no programa”, afirmou o professor.

A matemática de Trinidad e Tobago Lois Simon, que leciona na Coreia do Sul, compartilhou com os colegas a experiência das chamadas “salas de aula invertidas (flipped classrooms)”, em que os alunos tomam conhecimento prévio dos assuntos estudados, por vídeos e outros meios virtuais, e depois se aprofundam nos temas com os professores.

No projeto desenvolvido pela Universidade Sungkyunkwan, os alunos sul-coreanos do ensino médio, totalmente familiarizados com o mundo digital, têm aulas de Cálculo em inglês, com professores de outros países, como Lois, que aderiram à modernidade virtual já adultos. “Alunos e professores têm bagagens de cultura e de educação muito diferentes”, diz a pesquisadora. Professores assistentes mais jovens, que falam fluentemente a língua sul-coreana, ajudam os alunos com o inglês, quando necessário.

Interessado em analisar as diferentes formas como os estudantes raciocinam, o professor cubano Mauro Misael Garcia, da Universidade de Holguín, destacou a importância das competições de alunos de Matemática como estímulo para aqueles que têm intenção de transformar o interesse escolar em uma carreira profissional. Garcia contou uma experiência que fez com 32 alunos que se preparavam para uma competição na Colômbia. Todos receberam o mesmo problema. Apenas um chegou ao que o professor chamou de “solução perfeita”, embora outros dois também tenham resolvido. “Não estou interessando no resultado quantitativo, mas qualitativo. Quero observar como eles raciocinam, o processo de solução dos alunos. As competições encontram os melhores estudantes, que se tornam matemáticos e hoje estão fazendo pesquisas no mundo todo”, diz.

Na palestra “Contextualizando complementando e complexificando em cognição matemática” os professores Márcia Fusaro Pinto, da UFRJ, e Thorsten Scheiner, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, discutiram modos para o conhecimento matemático “fazer sentido”, tendo estratégias de aprendizagem como ponto de partida.
“As escolas, com certeza, formatam os modos como os alunos pensam Matemática. O estudante poderia ter espaço em sala de aula para desenvolver suas próprias estratégias. Mas temos que entender que as escolas têm limites de tempo, de currículo. Espera-se que o aluno aprenda fazendo milhões de exercícios, um atrás do outro. É exaustivo. Não há possibilidade de outros tipos de reflexão sobre o conhecimento, outros modos de aprender”, afirma Márcia.

 

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